O Maritimo deslocou-se ao Estádio Luís Filipe Menezes e conquistou um inapelável triunfo por 2-0

O Maior das Ilhas deslocou-se ao Estádio Luís Filipe Menezes para o duelo da 5ª jornada da Liga SABSEG. Pela frente, o FC Porto B., orientado por António Folha. Tulipa introduziu uma alteração no “onze”, em relação ao pretérito desafio: o jovem gaulês Noah Françoise ascendeu à titularidade, rendendo João Tavares. Samu na baliza, Igor Julião e Vítor Costa nas laterais, Dylan e Matheus no centro da defesa, Diogo Mendes e Noah nas zonas de transição, Francis Can e Lucas Silvas nas alas, Platiny na frente com o apoio do Capitão Xadas. No Olival, nova grande exibição do Maritimismo. Bem audíveis os rugidos dos cerca de 150 peregrinos verde-rubros no Olival.

Foi do Marítimo a primeira posse de bola do encontro, com Vítor Costa a subir pelo flanco e a efectuar cruzamento. Afastou bem a defensiva dos jovens portistas. 5 minutos iniciais com o Marítimo a procurar circulação, mas foi dos caseiros os cantos iniciais do duelo – dois consecutivos -, sem perigo paras redes de Samu. Entretanto, jogo interrompido para assistência a Xadas, vítima de um toque involuntário na cabeça que obrigou o esquerdino a usar protecção durante largos minutos.

Lucas Silvas provocou calafrios após incursão pelo flanco esquerdo. Primeiro canto para o Marítimo aos 13 minutos. À maneira curta, a bola chegou a Igor Julião, o lateral cruzou para a área e Dylan foi “apanhado” em fora-de-jogo. Posse de bola criteriosa do Marítimo, sempre muito personalizado e fiel a uma matriz de jogo que Tulipa tem vindo a consolidar. Os madeirenses atraíam os ‘dragões’ e batiam as primeiras linhas de pressão para libertar os criativos. Num desses lances, Platiny foi rasteirado. Livre para Xadas, cruzamento e canto para os verde-rubros, forçando o guardião local a sair a soco perante a ameaça das torres madeirenses.

O primeiro remate enquadrado à baliza foi dos anfitriões. Cruzamento do lado esquerdo e o ponta-de-lança a desferir golpe de cabeça, sem oposição, fácil para Samu. Ficou o alerta. O Marítimo respondeu com bom envolvimento colectivo desde Dylan, com a bola a passar por Diogo Mendes e Cann até chegar a Lucas Silva que abriu na esquerda para o cruzamento de Xadas, rechaçado pela defensiva portista. Confiante e seguro o Marítimo nas transições. Aos 23 minutos, aflição na área caseira, com Platiny a procurar espaço para disparar, mas o Porto fechou os caminhos e a oportunidade de tiro gorou-se.

O FC Porto criou a melhor oportunidade de golo aos 30 minutos. Espaço para progredir pelo lado direito, cruzamento e desvio por cima da barra insular. Muito perigo. Nesta fase do jogo, a equipa de António Folha tinha mais posse e o Marítimo não saía com a fluidez habitual para o ataque. Melhorou a equipa de Tulipa, voltou a pegar nas rédeas e, aos 38 minutos, um magistral passe de Xadas isolou Vítor Costa no flanco esquerdo. O lateral invadiu a área e, já apertado pelo defesa, rematou à malha lateral. Na retina, o motor de busca Xadas a descortinar uma VCI para Vítor Costa.

O FC Porto respondeu praticamente na mesma moeda. Contra-ataque rápido, avançado em boa posição e remate de Wendel à malha lateral de Samu. Retaliação imediata do Marítimo, com saída em modo flecha para um contra-ataque conduzido por Lucas Silva, bola em Platiny, a defesa portista consegui fechar os caminhos, Diogo Mendes recuperou e sofreu falta dura. Amarelo para Nilton Varela, livre para Xadas e o Digo Mendes, de cabeça, falhou o alvo por centímetros. Já no período de compensação, novo passe de Xadas a desconjuntar o meio-campo local, Cann solto no meio a abrir na direita em Igor Julião, 4 jogadores do Marítimo dentro da área do Porto, mas o cruzamento do lateral brasileiro não foi feliz e o último reduto portista aliviou. Faltou o “passe de morte” quando havia igualdade numérica na área portista. Intervalo no Olival.

O Marítimo regressou para a segunda-metade sem alterações. Logo no primeiro minuto, o guardião portista arriscou o drible perante Xadas e foi feliz por pouco. Depois, Lucas Silva ganhou a profundidade pela direita e cruzou para o corte da defensiva portista, quando Platiny já se encontrava em posição de finalização. No canto, desvio de Dylan e Platiny não conseguiu, ao segundo poste, encostar para a baliza deserta. Entrada forte do Leão do Almirante Reis.

Golo do Marítimo. Luuuuuuuucas Silva. Brilhante jogada do Marítimo aos 55 minutos. Abertura primorosa de Diogo Mendes para a esquerda, Vítor Costa domina, combina com Platiny e o ponta-de-lança, sagaz, a oferecer a “redondinha” a Lucas Silva que, com toque subtil, supera o defesa e fuzila as redes portistas. O Marítimo em vantagem no Olival.

O Marítimo ampliou a vantagem aos 60 minutos por Platiny. O ponta-de-lança isolou-se após assistência de Lucas Silva, contornou o guarda-redes e acertou no alvo. Compasso de espera para análise do VAR: possível fora-de-jogo, confirmado pelo VAR.

Aos 63, Noah sofreu entrada dura de Rodrigo Ferreira, mas a bola ficou na posse de Lucas que já embalava para a baliza. O árbitro não concedeu a lei da vantagem e beneficiou o infractor. O “amarelo” para Rodrigo Ferreira foi mal menor para os portistas.

Tulipa mexeu na equipa aos 65 minutos. Euller Silva e René Santos chamados a jogo para os lugares de Diogo Mendes e do autor do golo, Luca Silva. Dylan, na sequência de um canto cobrado por Xadas, ganhou nas alturas e cabeceou por cima. Ameaçava o Marítimo e o FC Porto respondia com muitas faltas, o que motivava a acção disciplinar. No banco portista, ânimos muitos exaltados. António Folha foi expulso.

Tulipa voltou a mexer na equipa, retirando Diogo Mendes e lançando João Tavares. Neste período do jogo, a equipa anfitriã pressionava com linhas mais subidas, embora o Marítimo mantivesse a coesão e não permitisse grandes veleidades. Aos 79, Noah ganhou no ar e deixou Platiny isolado, mas a defesa portista foi lesta e afastou quando o avançado se preparava para um “chapéu”.

O Capitão Xadas e Platiny foram substituídos aos 83 minutos. Fábio China e Bruno Marques em campo. Pouco depois, grande penalidade para o Marítimo. Canto, cabeceamento de Bruno Marques e mão na bola. O VAR validou a decisão inicial do árbitro. Bruno Marques, na conversão, permitiu a defesa de Francisco Machedo. Canto para o Marítimo, bola sobre a linha e Matheus Costa não conseguiu fazer o golo. Duas oportunidades flagrantes que o Marítimo desperdiçou para “matar” o jogo. Bruno Marques voltou a ser protagonista aos 90 minutos. O avançado trabalhou bem, rodopiou em busca da “canhota” e o remate rasou o poste esquerdo portista.

8 minutos de compensação no Olival. A 3 minutos do fim, Bruno Marques redimiu-se. Golaço do ponta-de-lança brasileiro a aproveitar o adiantamento do guardião e a rematar a 30 metros para a baliza deserta. O golpe de misericórdia nos jovens ‘dragões’.

O Maior das Ilhas segue embalado e percorreu a Via de Cintura Interna para a terceira vitória consecutiva.

É pra primeira, Leão do Almirante Reis.

Peregrinos do Marítimo, muito obrigado por mais uma notável demonstração de Amor.