Hélder Freitas, coordenador pela secção de Futebol Feminino do Club Sport Marítimo, foi convidado de honra de Élvio Faria na edição desta sexta-feira do programa «Marítimo na TSF», numa semana em que a Federação Portuguesa de Futebol anunciou alterações ao quadro competitivo da Liga BPI já a partir da próxima época.

Na conversa, conduzida pelo responsável do Departamento de História e Património do Club Sport Marítimo, o dirigente verde-rubro olha com alguma desconfiança para a solução apresentada pelo órgão federativo, e explica dificuldades trazidas pela nova realidade.

«Esta é uma decisão surpreendente, até porque, em Abril, estivemos reunidos numa sessão em que participaram as equipas da Liga BPI e a Federação Portuguesa de Futebol falava em reduzir para 10 o número de equipas na época 2021/2022. Não fomos consultados e esta situação acarreta algumas dificuldades para nós», sublinhou Hélder Freitas, apontando dados objectivos que prejudicam o Marítimo.

«Vamos passar de 11 deslocações para 14 ou 16, só para o campeonato, dependente da nossa performance na primeira fase, e ainda não fomos informados se vamos participar na Zona Norte ou na Zona Sul. A Federação argumenta que esta fórmula vai permitir apoiar mais jogadoras, mas recentemente debateu-se o cenário oposto», vincou.

Apesar deste novo cenário, o projecto do futebol feminino do Marítimo vai continuar assente nas mesmas bases, vocacionado para a formação e promoção da jogadora madeirense.

«Temos o nosso projecto cimentado, já tínhamos a época praticamente alinhavada, mas com esta nova realidade temos de nos adaptar. Uma coisa posso garantir: vamos manter o nosso projecto, que passa por maximilizar a qualidade das nossas atletas para depois formar uma boa equipa», realçou.