Falange verde-rubra nos Açores representa estímulo adicional para somar mais três pontos.

A renovação de Zainadine, até 2024, mereceu as primeiras palavras de Vasco Seabra na antevisão ao duelo insular do próximo Sábado, nos Açores. O central moçambicano rubricou novo contrato com o Maior das Ilhas, desenlace que suscita o júbilo do técnico verde-rubro. “Uma boa notícia para nós. Queríamos muito que o Zainadine ficasse connosco. É um jogador com muita qualidade e que acrescenta experiência ao plantel.” O prolongamento do vínculo contratual do internacional moçambicano – o 7º jogador com mais minutos pelo Marítimo na I Liga – insere-se, portanto, na afinação da máquina para as exigências da próxima temporada. “O Marítimo começa a preparar a próxima época com a perspectiva de poder fazer as coisas com certezas, sabendo para onde quer ir.”

O Marítimo desloca-se a São Miguel para enfrentar um Santa Clara invicto, em casa, há 9 jornadas. “Nos últimos dez jogos, creio que o Santa Clara só sofreu derrotas perante FC Porto e Benfica”, enfatizou o treinador. “Será um jogo difícil. Têm bons jogadores, é uma equipa bem treinada e estável. Em casa, fazem muitos pontos, pelo que teremos de estar nos nossos limites. Por outro lado, nós também fazemos muitos pontos fora de casa, pelo que será um bom jogo entre duas equipas que gostam de jogar para a frente”.

 De novo, uma significativa falange de Maritimistas proporcionará, fora de casa, um estímulo adicional ao conjunto do Almirante Reis. “Isso enche-nos de orgulho. No último jogo em casa, tivemos um Caldeirão com muita gente, muito apoio. Sentimos um conforto grande e tenho a certeza de que vamos senti-lo novamente. No final, esperamos festejar juntos. Um dos nossos objectivos é sentir que os Maritimistas se orgulham de nós”.

O embate entre as duas únicas equipas insulares da I Liga jogar-se-á sob o signo da estabilidade mútua. O Marítimo é 7º classificado com 36 pontos, enquanto que os açorianos ocupam o 10º lugar, com 35 pontos amealhados. “A nossa equipa soube sempre manter-se numa toada de equilíbrio. Trabalhamos muitos, sabemos que temos de dar tudo e jogamos sempre para ganhar.” Segundo Seabra, a posição tranquila na tabela não retira pressão, uma realidade inerente à grandeza do Marítimo. “Essa pressão continua a existir, porque nós queremos ganhar e conquistar o maior número de pontos. Vamos em busca de mais 3 pontos nos Açores.”

Vasco Seabra assumiu o comando do Marítimo quando a equipa ocupava o 17º posto, com 7 pontos. “Quando chegámos, não idealizámos a pontuação. Falámos entre nós e sabíamos que estávamos numa posição difícil”, contexto que obrigou ao pragmatismo. “Decidimos que só poderíamos pensar jogo a jogo. Não vamos pensar quantos pontos queremos fazer, não vamos pensar nos pontos que ditam a permanência, o play-off ou a Europa. Vamos preocupar-nos em treinar bem, muito fortes e a lutarmos como um só, em cada jogo, pelos três pontos. Neste momento, claro que olhamos para trás. Estes 29 pontos conquistados em 19 jornadas deram muito trabalho, fruto de uma forte ligação entre todos: estrutura, adeptos, jogadores e o compromisso enquanto equipa.”

Cimeira insular nos Açores. Vamos a eles, rapazes.

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