O técnico verde-rubro prevê um grande jogo frente ao Benfica e e recusa relaxamento: “No Marítimo, quem relaxa não tem lugar”.

O Marítimo vem de uma vitória robusta, em casa, e de um empate na cimeira insular, corolário de uma fulgurante exibição na segunda parte. Desempenhos que, segundo Vasco Seabra, “trazem boas sensações para este regresso sempre especial ao nosso Caldeirão”. Depois de batido o recorde de assistências da época em curso, com quase 7 000 espectadores no triunfo por 4-0 frente ao Boavista, o técnico do Marítimo espera “ainda mais gente na nossa casa”, apoio que entusiasma o grupo e catapulta a equipa “para uma dimensão cada vez mais forte”. A dois dias do embate frente ao SL Benfica, Vasco Seabra reafirma que “o Marítimo joga sempre para ganhar. Sabemos que vamos defrontar uma equipa muito forte, mas nós temos a ambição de lutar pela vitória”. Para alcançar essa felicidade, Seabra conta com “cada gota de suor, com a disputa de cada bola e de cada centímetro de relvado”, mas também conta com o lendário fervor do Caldeirão no apoio ao Maior das Ilhas.

O adversário do Marítimo apresenta-se na Madeira com o segundo lugar como miragem, mas Seabra não antevê menores dificuldades. “Perspectivo um Benfica forte, que vem à Madeira  lutar pelos três pontos. Tem bons jogadores, boas individualidades, mas nós focamo-nos nas nossas capacidades”, enfatizou. Sobre o percurso do Marítimo, o treinador verde-rubro voltou a reiterar o equilíbrio que é apanágio desta equipa. “Nós nunca nos deslumbrámos quando vivemos períodos muito bons, mas também não nos perturbámos quando tivemos momentos menos bons.. Em 20 jogos, conquistámos 30 pontos. São muitos pontos e deram muito trabalho. Poderíamos ter mais e queríamos ter mais, porque esse é o desafio de quem treina um clube como o Marítimo.” Depois dos empates caseiros frente aos outros dois ditos grandes, FC Porto e Sporting CP, Seabra quer proporcionar aos Maritimistas a alegria da vitória. “O resultado nós não controlamos. Controlamos a nossa atitude. Sabemos que só poderemos conquistar algo se dermos tudo de nós. Se estivermos nesse nível, somos competitivos. Se jogarmos no nosso limite, somos difíceis de bater.”

O técnico natural de Paços de Ferreira recusa a ideia de que não há nada para conquistar neste jogo. “Treinámos muito bem durante a semana. Seguimos o nosso caminho com muito entusiasmo. Jogar para vencer é a nossa forma de estar. Jogamos pelos nossos adeptos, pelo símbolo ao peito, pelas nossas famílias e por nós mesmos. Temos muito por conquistar. Jogar no Marítimo e ter, a 3 jogos do fim, a manutenção garantida é bom e importante, principalmente porque chegámos para iniciar um percurso muito difícil e as últimas épocas do Marítimo poderiam trazer alguma negatividade”, sublinhou. Com 9 pontos em disputa, recorda Seabra, é obrigação do Marítimo lutar por eles. “Nesta casa não se relaxa. Podemos não jogar bem, podemos não conseguir traduzir, no jogo, aquilo que treinamos durante a semana. Mas nesta casa trabalha-se muito, luta-se muito. No Marítimo, quem relaxa não está preparado para viver nesta casa.”