O presidente do Marítimo da Madeira, Carlos Pereira, é o protagonista da edição de Abril da Revista Liga-te, promovida pela Liga Portugal, onde, em entrevista, destaca o crescimento verde-rubro e alerta para a necessidade premente de esbater diferenças entre os vários competidores.
Numa grande entrevista que faz a viagem pelos 22 anos ao leme do emblema maritimista, Carlos Pereira confessa-se orgulhoso pelo caminho traçado, mas mantém a ambição de concretizar novos projectos que enriqueçam a instituição.
«O Marítimo tem crescido muito, tem um património invejável para uma Região tão pequena e que tem apenas uma porta de entrada e saída (aeroporto). O crescimento das infra-estruturas é o crescimento desportivo e, aqui, não falamos apenas da equipa profissional. O crescimento faz-se com o ecletismo que a instituição é capaz de ter», começou por dizer o presidente verde-rubro, apontando, posteriormente, para a internacionalização da marca através dos pólos de formação.
«O Marítimo é um clube que cresce com activos e criámos escolas fora da Região que têm 11 mil atletas. Sabemos que nem todos darão profissionais de futebol, estamos a falar de um universo muito grande entre Brasil, Miami, Uruguai e Argentina». reforçou.
Apesar de toda a dinâmica verde-rubra, o presidente Carlos Pereira mantém metas por concretizar, e o próximo grande passo aponta no sentido de uma academia para o futebol de formação do clube.
«Será uma academia, com uma área fechada, na qual se pode dar condições perto do ideal para os treinadores terem a calma suficiente para trabalharem e que permita ter um melhor aproveitamento do jogador madeirense», rematou.
Para o presidente Carlos Pereira, o futebol português terá tudo a ganhar com um maior equilíbrio competitivo entre os diversos emblemas que competem no principal escalão do futebol português, porque as actuais discrepâncias prejudicam o nível das competições.
«Se temos três a cinco clubes acima da média, os restantes estão abaixo. A dívida bancária, a antecipação de direitos televisivos fazem concorrência desleal e limitam os clubes de nível médio, que, quando vão tentar uma contratação, nunca conseguem atingir os valores de um Benfica, Sporting, FC Porto, Sporting de Braga ou Vitória de Guimarães», sublinhou, apontando a limitação de contratos com uma das medidas a implementar.