A expansão do COVID-19 impôs alterações profundas na sociedade civil e a estrutura do futebol profissional do Marítimo da Madeira adaptou-se à nova realidade de forma a acompanhar eficazmente os jogadores, numa altura em que estão recolhidos em casa a cumprir as indicações das autoridades sanitárias.
O plano traçado pelas diversas áreas que compõem o futebol profissional do Marítimo abarca a vertente física, alimentar e, até, o acompanhamento detalhado da forma como os jogadores estão a lidar com todo este processo.
Ricardo Henriques, preparador físico da equipa verde-rubra, sublinha que uma das preocupações da equipa técnica foi manter o perfil de trabalho que vinha sendo realizado nos treinos, de forma a garantir uma continuidade e, desta forma, evitar o menor número de oscilações possíveis.
«Os jogadores desenvolvem um trabalho diário e sem folgas com recurso a equipamentos fornecidos pelo clube. A cada dia têm um trabalho diferente ajustado à realidade de cada um. Este consiste em exercícios de mobilidade, miofascial, força, resistência, velocidade e alongamentos», começou por explicar Ricardo Henriques, sublinhando a importância de aliar esta componente a uma alimentação equilibrada e própria de atletas de alta competição.
«Nos contactos que vamos mantendo com os atletas controlamos o peso e passamos os cuidados redobrados com a alimentação e suplementação, porque o objectivo é que estejam o mais preparados possível para o regresso. Esse é o nosso foco», vincou.
Este não é, contudo, é um processo estanque e vai sendo ajustado diariamente às necessidades de cada um, porque as exigências variam de jogador para jogador.
«A comunicação é efetuada diariamente, para saber o estado do atleta, como decorreu o treino, a sua duração e a posterior recolha de dados para ajustar caso haja necessidade. Depois há outra ferramenta importante que são os treinos em directo, onde existe a possibilidade de me juntar a eles e acompanhar todo o processo», rematou.