Bernardo Gomes inaugurou o marcador. A Camacha respondeu com golos de Belo e Fraga.

O Marítimo B estreou-se na Série A do Campeonato de Portugal frente à AD Camacha. Nelson Jardim atribuiu a baliza a Pedro Teixeira, com o Capitão Noah Madsen a fazer dupla com Facundo Constantini no eixo defensivo. À direita, Jeremias. À esquerda, Guerrero. Sadiq e Nito Gomes preenchiam o “miolo”, com as alas entregues a Rúben Marques e a Kanu. Bernardo Gomes surgiu no apoio a Carlos Parente.

Carlos Parente protagonizou o primeiro lance de perigo. Uma rrancada desde o meio-campo que “furou” a defensiva local, antes de rematar, já dentro da área, ligeiramente ao lado. Parente reclamou toque para grande penalidade, mas o árbitro assim não entendeu. Entrada forte do Marítimo numa tarde chuvosa na Camacha que deu frutos aos 9 minutos. Guerrero, pela esquerda, invadiu o último terço e cruzou a preceito para o remate inapelável de Bernardo Gomes. 1-0 para o Marítimo. Entrada à Leão do Almirante Reis.

A Camacha equilibrou e uma perdida de bola de Noah originou contra-ataque que obrigou Nito Gomes a recorrer à falta. Cartão amarelo e livre frontal. Alerta de perigo iminente para a baliza de Pedro Teixeira. Na cobrança, o virtuoso Huguinho atirou contra a barreira. Estavam decorridos 20 minutos de jogo e a Camacha aumentava a pressão. Na execução de um livre, Leo Andrade levou a bola à barra da baliza de Teixeira, guarda-redes que pareceu traído pelo efeito do esférico, condicionado pelo vento. Felicidade para o Marítimo.

Os jovens liderados por Nelson Jardim voltaram a evidenciar uma superioridade relativa, causando sobressaltos no último reduto camachense. Kanu e Rúben Marques ensaiaram remates à baliza, bem bloqueados pela defesa caseira. Rúben Marques, após combinação com Carlos Parente, apareceu em posição privilegiada para alvejar as redes de Duarte Nuno, mas o guardião realizou uma grande defesa. Pouco depois, foi Jeremias quem apareceu solto na área, em terrenos pouco habituais. No entanto, o tiro saiu muito por cima. Duelo muito intenso no primeiro dérbi regional da temporada 2023/2024, no âmbito do Campeonato de Portugal. Vantagem tangencial do Marítimo ao intervalo.

O Marítimo voltou dos balneários sem alterações no “onze”. A Camacha empatou logo no reatamento. Cruzamento do lado direito, a defesa verde-rubra não foi lesta a afastar e Belo, num tiro sem dó, bateu Pedro Teixeira. Empate no Complexo Desportivo da Camacha. Grande segunda parte em perspectiva.

O Marítimo reagiu. Carlos Parente, aos 15 minutos, recebeu denteo da área, procurou espaço para activar a “canhota” e desferiu remate forte, à figura de Duarte Nuno. A Camacha, no entanto, mostrava-se venenosa nas transições e as ameaças não foram vãs. Aos 17, a Camacha deu a volta. Grande cruzamento a partir do flanco esquerdo para a cabeça de Fraga. Sem hipóteses para Pedro Teixeira.

Nelson Jardim interveio e lançou dois jogadores. França e André Cardoso renderam Nito Gomes e Bernardo Gomes. André Cardoso, na primeira acção, tirou cruzamento perfeito para a cabeça de Rúben Marques, com o extremo a corresponder como ditam as regras para defesa segura de Duarte Nuno. Parada e resposta, outra incursão dos anfitriões pelo flanco direito a causar apreensão entre os verde-rubros.

Rúben Marques, aos 25 minutos, foi derrubado a poucos metros da área. Bola parada de laboratório, com tentativa de infiltração entre a barreira, mas sem sucesso. Durante os dez minutos seguintes, nada de muito relevante, com o jogo a ganhar uma componente mais física. Não obstante, a posse era do Marítimo e Carlos Parente, aos 34, dispôs de boa oportunidade. O Capitão Mitch, porém, surgiu a tempo de afastar para canto.

Nelson Jardim via o tempo escassear e chamou a jogo Afonso Correia e Rúben Sousa. Saíram Carlos Parente e Jeremias. O duelo encaminhava-se para o fim, o Marítimo persistia na luta, mas encontrava uma Camacha firme e coesa.

O árbitro da partida concedeu 6 minutos de compensação, muito devido às várias queixas de jogadores camachenses que necessitaram de assistência médica. Ambiente fasicante com a Camacha a responder, em contra-ataque, ao cerco do Marítimo. André Cardoso, com notável noção de solidariedade, apareceu no socorro a Pedro Teixeira, numa altura em que Noah, Rúben Sousa e Constantini tentavam recuperar a posição. Esteve perto a Camacha do golpe fatal.O Marítimo manteve a crença e causou perigo na execução de canto. Duarte Nuno mostrou, de novo, segurança perante as derradeiras tentativas dos verde-rubros. Vitória da Camacha por 2-1.