O Marítimo apresentou-se no Estádio da Luz com duas alterações no “onze” em relação ao último duelo. João Henriques promoveu a estreia, como titular, de João Afonso, enquanto André Vidigal regressou aos eleitos iniciais, depois de cumprir castigo. Com Miguel Silva na baliza, a defesa manteve-se intacta, com Winck à direita, Vítor Costa à esquerda e a dupla Mosquera e Leo Andrade no centro. Diogo Mendes e João Afonso iniciaram a partida à frente dos centrais, optando João Henriques por dotar o “miolo” de maior densidade. Nas alas, Vidigal à esquerda, Zarzana no flanco oposto e Xadas no apoio a Joel.

O Benfica iniciou o jogo com posse, como o próprio João Henriques previu. Motivados pela invencibilidade até ao momento, os homens da Luz poderiam ter festejado logo no primeiro minuto. Neres cruzou e Winck, com a coxa, desviou para canto, com a bola a passar muito perto do poste. Os primeiros 25 minutos decorreram sob o signo da circulação “encarnada”, em busca de brechas no bloco Madeirense, muito coeso e concentrado. Aos 26, Miguel Silva fez perfeita “mancha” e, na insistência, Mosquera cortou para canto. Pouco depois, Rafa Silva assinou o golo do Benfica. O português infiltrou-se entre os centrais e, à saída de Miguel Silva, marcou. O anfitrião poderia ter dilatado a vantagem aos 32 minutos. A defesa do Marítimo falhou o corte e João Mário apareceu isolado, mas a “trivela” falhou o alvo. Aos 33, Miguel Silva voltou a evidenciar-se ao evitar o golo de Gonçalo Ramos, depois de cruzamento venenoso de Grimaldo. De novo Miguel Solva, aos 40 minutos, a brilhar. Grimaldo divergiu para o centro e disparou com o pé direito, proporcionado ao guardião insular uma belíssima intervenção. Miguel Silva continuava a evidenciar qualidades. Aos 44, negou, outra vez, o golo a Gonçalo Ramos, ponta-de-lança que apareceu na cara do guarda-redes depois de assistência de Enzo Fernandez. O árbitro António Nobre apitou para o intervalo com o Marítimo a perder pela margem mínima.

No regresso ao relvado, João Henriques lançou Fábio China e Lucho, jogadores que renderam Zarzana e Diogo Mendes. Vítor Costa subiu no terreno e Fábio China ocupou a sua posição natural. Logo no primeiro minuto da segunda-parte, o Benfica dilatou a vantagem. Enzo cruzou, Gonçalo Ramos antecipou-se à defesa e desviou para o golo. Miguel Silva ainda tocou, mas a bola encaminhou-se para a baliza insular.

O Benfica continuou a acossar o último reduto do Marítimo. Aos 60, Enzo ultrapassa Vidigal e encontra, no coração da área, António Silva. O jovem central atirou fortíssimo, mas a bola embateu no poste esquerdo de Miguel Silva. De imediato, João Henriques mexeu. Beltrame e o Capitão Edgar Costa entraram para os lugares de Winck e de Vítor Costa. Arriscava mais o técnico do Marítimo. Vidigal recuou para a lateral direita. O Benfica chegou ao terceiro golo aos 64 minutos. Contra-ataque muito rápido a isolar Gonçalo Ramos. Perante a saída de Miguel Silva, Ramos “picou” sobre o guardião e bisou.

Miguel Silva foi, de longe, o melhor do Marítimo. Aos 74, outra “mancha” perante João Mário, quando o internacional luso apareceu isolado. O Marítimo reduziu por Chucho aos 75, mas António Nobre assinalou fora-de-jogo. Incontestável. Fica o registo da frieza do ponta-de-lança venezuelano na “cara” de Odysseas. O Benfica voltou a marcar por Neres aos 81 minutos. Lucho, na transição, perde a bola para Florentino, o esférico chega a Neres e Miguel Silva foi batido pela quarta vez.

O Marítimo poderia ter reduzido aos 85 minutos, mas o tiro de China foi desviado por um defensor. Na resposta, Draxler rubricou o quinto golo.

O Marítimo perdeu por 0-5.