Joyce Anacoura, guarda-redes do Marítimo da Madeira, acompanha à distância o desenrolar dos acontecimentos em Itália, país de onde é natural, mostra-se preocupado com as proporções da doença e mantém contacto diário com os familiares.
Apesar de não ter nenhum caso positivo na família, o guardião italiano vive em constante ansiedade, espera que o pior esteja para trás das costas e que Itália volte à rotina progressivamente.
«Esta pandemia, às vezes, parece-me surreal. Quase um filme. Em relação a Itália, fiquei e fico muito preocupado. O impacto foi devastante. Foram bloqueados todos os setores e não vai ser fácil sair dessa situação, mas tenho a certeza que o nosso povo, que é muito forte, se vai juntar e vamos conseguir», começou por dizer o guarda-redes italiano em declarações à Marítimo TV, contando, posteriormente, como têm sido passados os dias dos seus familiares.
«Falo com eles todos os dias e dizem-me que a situação é muito pesada. Estão fechados em casa há quase dois meses e ninguém sabe dizer quando é que isto vai acabar. Parece que agora as coisas estão ligeiramente a melhorar, mas ainda estamos muito longe da nossa ideia de normalidade», reforçou.
Anacoura chegou no início desta temporada à Região Autónoma da Madeira, encara o futuro com optimismo, apesar do cenário difícil que vivemos, e espera voltar a voar para os remates dos colegas em breve.
«Sinto muitas saudades de voltar a calçar as luvas e as botas, mas também dos colegas, do balneário e de todo o ambiente. Acho que, para cada jogador, o futebol representa a parte mais importante da vida e, quando não temos a possibilidade de treinar e jogar, cada um se sente um pouco mais vazio e, por isso, não vejo a hora de voltar a fazer o que mais gosto», rematou.