O Club Sport Marítimo não pode ignorar as declarações emitidas, no Telejornal da RTP-Madeira, pelo nosso sócio e ex-Presidente do Governo Regional, Dr. Alberto João Jardim. Entre outras afirmações sobre projectos de fusão que mereceram, na devida altura, resposta inequívoca por parte dos sócios maritimistas, o Dr. Alberto João Jardim mentiu. Mentiu ao acusar o Club Sport Marítimo de recorrer a dinheiros públicos para pagar viagens de claques. É falso. O Marítimo, em consonância com ditames legais, facilita o acesso a bilhetes aos sócios e adeptos que, a título individual, manifestam o desejo de apoiar a nossa equipa no continente português e nos Açores. Repetimos: a título individual. O Marítimo não tem Grupos Organizados de Adeptos (GOA). Tem sócios e adeptos que se juntam para, além-mar, erguer as bandeiras do Marítimo e da Região Autónoma da Madeira.

O Dr. Alberto João Jardim também faltou à verdade quando assegura que o Marítimo vive de dinheiros públicos. Que se aproveite, então, esta oportunidade para esclarecer, de uma vez por todas, os nossos sócios, adeptos, bem como todos os contribuintes madeirenses: o Marítimo aufere um apoio anual de 1 Milhão e 800 mil euros do Governo Regional, montante que se integra num orçamento global que ronda os 10 Milhões. Em contrapartida, o Marítimo contribui para os cofres da Região – via IRS, IVA, Segurança Social e IRC – com 4 Milhões. Portanto, a Região canaliza, para a actividade do Marítimo, 1 Milhão e 800 mil euros. O Marítimo retribui, através da sua actividade, com 4 Milhões anuais que beneficiam o tesouro regional. São 2 Milhões e 200 mil euros de diferença. É só fazer as contas.

A equipa principal do Club Sport Marítimo enfrenta um período crítico da sua História. Outro período crítico. Não obstante, os mais de 9000 maritimistas que, no passado Domingo, subiram aos Barreiros merecem todo o respeito e gratidão. Assistimos, de novo, a uma demonstração notável de amor clubístico, de paixão, de inabalável crença na superação das adversidades.

Tem razão o Dr. Alberto João Jardim quando enfatiza a importância do futebol profissional para “solidificar a Autonomia e despertar o sentimento Autonómico.” A Direção do Club Sport Marítimo não vai virar as costas a tantos que, apesar das circunstâncias e vivendo no continente português, amam o Marítimo e oferecem ao País do Futebol demonstrações sucessivas de orgulho verde-rubro e nas suas raízes insulares. O Marítimo não é uma fase mais ou menos boa. É um modo de vida. E para quem planeia a sua semana com um jogo do Marítimo como desígnio, esta Direção garante: podem continuar a contar connosco.

O próximo destino é Paços de Ferreira. Juntos, vamos à batalha. Pelo Marítimo, símbolo maior da Madeira.

A Direção