Dois erros individuais, diante de uma equipa experiente como o Rio Ave, foram fatais para o Club Sport Marítimo e colocaram um ponto final num ciclo de três triunfos consecutivos.

Após duas importantes e categóricas vitórias alcançadas fora de portas, o regresso a casa acabou por ter um sabor amargo, sobretudo se for tido em conta a quantidade e qualidade de oportunidades que os verde-rubros não foram capazes de concretizar.

Foi, precisamente, este aspecto que acabou por fazer a diferença no jogo: ter o cinismo necessário para aproveitar os erros e transformá-los em golo.

Na primeira parte, por exemplo, Joel Tagueu viu o guarda-redes do Rio Ave chocar com um colega e, de bicicleta, atirou para as redes desertas, mas a bola acabou, caprichosamente, por beijar o poste e sair pela linha de fundo, numa altura em que todo o estádio estava já pronto para celebrar.

Quando aconteceu o contrário a bola acabou dentro da baliza de Charles. Erro numa saída de bola do Marítimo, remate de Murilo e recarga certeira de Diego Lopes para o primeiro da noite.

Até aqui havia, de facto, equilíbrio nos momentos de êxtase junto às balizas: dois remates perigosos de Joel e um de Jambor nos primeiros 45 minutos, e, após o intervalo, momentos de Rodrigo Pinho e Correa que tiveram resposta por parte de Diego Lopes e André Siva.

Depois aconteceu uma espécie e déjà vu: erro na abordagem a um lance dentro de área e pontapé do castigo máximo cobrado, de forma superior, por João Schmidt.

Estava feito o 0-2 e colocado o ponto final numa série importante de resultados, mas, ao contrário do que acontece em literatura, isto está longe de ser o final da história.

Trata-se, antes, de um recomeço para uma nova etapa que será tão ou mais bem-sucedida que esta.

ASM