O Marítimo da Madeira assinala, esta segunda-feira, dia 18 de Maio de 2020, O «Dia Internacional dos Museus» com um texto da autoria do professor Deodato Rodrigues, sócio do Maior da Ilhas e um historiador dedicado à paixão pelo seu clube do coração.

1 – Com justificadas razões de orgulho no seu passado, o Marítimo tem feito questão, desde há muito tempo, de organizar e demonstrar publicamente o seu espólio de troféus.

2 – Por outro lado mas certamente com os mesmos fundamentos, fez publicar um conjunto de livros que retratam os feitos desportivos que estão na origem daqueles troféus.

3 – A mostra organizada por ocasião das Bodas de Ouro, foi a primeira dessas manifestações de justificado orgulho verde-rubro: o antigo campeão de Portugal, campeonissimo madeirense e líder de todo o futebol das ilhas portuguesas, engalanou-se e partilhou a beleza e significado desse espólio com a sociedade em geral e com os seus sócios, adeptos e simpatizantes em particular.

4 – Vem tudo isto a propósito do dia internacional dos museus que hoje se celebra: tal qual, Carlos Pereira, o presidente da nossa coletividade fez questão de inscrever nos projetos de conclusão do Estádio do Marítimo, o conjunto dos feitos desportivos do clube, a par das acontecimentos e das personalidades que marcam 110 anos de história merece a dignidade de um espaço que permita conhecer, interpretar e dar sentido à obra maritimista.

5 – Desde a fundação genuinamente popular e madeirense a presença pioneira, entre os clubes insulares portugueses, nas provas europeias, passando pelas presenças igualmente únicas nas finais das taças de Portugal e da Liga, há muito da nossa coletividade que justifica, pelo seu significado, o tal espaço museologico que, no devido tempo e modo, Adelino Rodrigues soube dimensionar, quer sob a forma de livros, quer na liderança da exposição de troféus nas Bodas de Ouro.

6 – Para que não fiquem dúvidas em data tão assinalada como a de hoje: o núcleo museologico do Marítimo, será uma peça indispensável para a compreensão da génese e evolução do desporto madeirense, em particular do futebol, e, seguramente, uma fonte genuína e especial de interpretação da evolução da sociedade madeirense dos últimos 110 anos.

7 – Não é coisa pouca, nem compromisso que a nossa coletividade, a exemplo de tantos outros, deixará de cumprir.