O Marítimo perdeu por 5-0 na visita ao terreno do SC Braga.
O Marítimo subiu ao Minho para continuar a 38º digressão consecutiva pelos maiores palcos do futebol português. Na terceira jornada da Liga Portugal Bwin, a formação verde-rubra apresentou-se na Pedreira com três alterações. Vasco Seabra promoveu os regressos à titularidade de Leo Andrade e de Vítor Costa, no sector mais recuado, sucedendo o mesmo com Edgar Costa, o capitão que liderou a expedição madeirense no relvado da Pedreira.
Os anfitriões criaram oportunidade de golo logo na primeira investida. Jogada pelo flanco esquerdo, cruzamento tenso para a área e Yuri Medeiros, em zona de tiro, disparou por cima. Primeiro aviso de perigo neste novo duelo entre históricos do futebol lusitano. Insistia o Braga com pressão imediata sobre os jogadores maritimistas. Num desses momentos, Edgar Costa parece sofrer falta, mas o jogo prosseguiu e permitiu aos bracarenses um remate que quase traía Miguel Silva, após desvio num defesa insular. Canto para o Braga, susto para o Marítimo. A pressão caseira continuava a surtir efeitos. Aos 6 minutos, Diogo Mendes viu-se enredado por dois adversários, o Braga recuperou a bola, encontrou Yuri Medeiros na direita, com o esquerdino a testar a atenção de Miguel Silva. Na resposta, o Marítimo soltou-se, Joel tentou rodar e sofreu toque à entrada da área. O árbitro mandou seguir, o Braga lançou o contra-ataque pela esquerda e marcou. Combinação entre os irmãos Horta, com Vitinha a assinar o golo que dava vantagem aos anfitriões. Fica registado o silêncio absoluto sobre o lance que antecede o golo do Braga, num momento em que Joel estava em boa posição para atemorizar o guardião minhoto. Nem uma repetição do lance por parte do operador televisivo responsável pelas transmissões da Liga Portugal Bwin. Segue o espectáculo.
O Marítimo reagiu bem ao golo. A partir dos 10 minutos, o ataque verde-rubro começou a desinibir-se. Sucederam-se cruzamentos perigosos para a área minhota, com Edgar Costa e Miguel Sousa em destaque. A equipa de Vasco Seabra subia as linhas e exercia maior pressão na zona de construção do opositor. Jogo equilibrado a partir dos 10 minutos, com domínio territorial repartido, fruto da intensidade com que ambas as equipas procuravam recuperar o esférico. A primeira parte entrou nos derradeiros 15 minutos sem que os guarda-redes fossem obrigados a grande trabalho, pelo que as defesas sobrepunham-se às investidas atacantes. Aos 31 minutos, Miguel Silva foi testemunha desse empenho. Banza preparava-se para alvejar a baliza verde-rubra, mas um esforço notável de Vítor Costa protegeu Miguel Silva e as redes insulares. O compromisso de Vítor Costa traduzia o compromisso de toda a equipa. Depois, o VAR interveio. Em causa, o momento em que Cláudio Winck salta com o braço a proteger a cara. A bola sofre desvio em Vitinha e toca no braço de Winck. Lesto o VAR a alertar o árbitro. Após análise e inúmeras repetições de todos os ângulos possíveis, o óbvio: não há razões para grande penalidade. Fica registada a atenção do VAR num lance que passou despercebido. Que seja sempre assim, senhores que têm o dever de ver.
Seguiu o jogo, sempre pautado pelo equilíbrio. Parada e resposta, defesas coesas, mas o Marítimo voltou a errar. Aos 42 minutos, uma recuperação de Beltrame transformou-se num erro do italiano. A bola sobrou para Yuri Medeiros e o esquerdino não perdoou. Cruel sina. O intervalo chegou com o Marítimo em desvantagem por duas bolas.
O Marítimo voltou para segunda-parte com duas mexidas. Vítor Costa e Miguel Sousa foram rendidos por Zainadine e Zarzana, com Leo Andrade a ocupar a lateral esquerda. Boa entrada do Leão insular. Forte pressão, dinamismo nas alas, muito empenho na disputa de cada bola. Aos 50 minutos, Joel esgueirou-se ao marcador directo e desferiu um potente remate. Matheus sacudiu para canto. Ficou o primeiro aviso do Marítimo em busca da felicidade. Aos 53, Winck ganhou espaço no flanco direito. Em superioridade numérica, com Joel e Beltrame bem posicionados, o cruzamento de Winck saiu um pouco atrasado, o que não permitiu a recepção de Joel. A bola sobrou para Edgar Costa, com o madeirense a rematar em arco, mas um bracarense opôs-se quando a bola levava rumo certo. Muito activo o flanco direito do Marítimo, com subidas constantes de Winck. Respondeu o Braga por Yuri Medeiros, mas valeu o corte de Leo Andrade para canto. Na sequência do canto, e depois de uma primeira intervenção de Miguel Silva, Banza assinou o terceiro golo dos anfitriões.
Seabra voltou a intervir. Logo após o golo de Banza, Edgar Costa cedeu o seu lugar a Pablo Moreno. Pouco depois, Abel Ruiz, há escassos minutos em jogo, fez o quarto golo. Castigo pesadíssimo para uma equipa que até iniciou a segunda-parte com mais bola, mas o contra-ataque do Braga foi impiedoso.
Diogo Mendes, com queixas no pé direito, foi substituído por Lucho.Já depois dos 80 minutos, Joel foi rendido por Chucho. Esteve perto o Marítimo de reduzir a desvantagem aos 82, após canto, mas Matheus manteve inviolada a baliza bracarense após remate de Leo Andrade. O Braga, porém, não refreou ímpetos e continuou a ameaçar Miguel Silva. Aos 85 minutos chegou o quinto golo, protagonizado por Rodrigo Gomes. Mereciam mais os peregrinos do Marítimo que, como sempre, estiveram ao lada da nossa equipa.
