O Marítimo da Madeira venceu, esta sexta-feira, o dérbi do Estádio da Madeira, por 2-1, e colocou um ponto final num jejum de 13 anos sem vencer na Choupana, coroando, da melhor maneira, a estreia de Julio Velázquez no comando técnico da equipa.
O encontro da 23.ª jornada da Liga NOS, diante do Nacional, foi encarado pelo Marítimo como a oportunidade ideal para inverter o ciclo e arrancar, definitivamente, para uma recta final de campeonato condizente com a qualidade do plantel.
O minuto 13, do jogo disputado sexta-feira, foi, contudo, de infelicidade para Joel Tagueu que, da marca de castigo máximo, após Riccardo Piscitelli ter derrubado Rodrigo Pinho, acertou em cheio no travessão da baliza alvinegra.
Nem os fantasmas do azar, que poderiam pairar após a grande penalidade não concretizada, tiraram o foco à equipa orientada por Julio Velázquez, que, pouco depois, voltou a rondar a área adversária, mas o remate de Correa (30′) e o cruzamento assertivo de Cláudio Winck (32′) acabaram por não levar a direcção desejada.
Em cima do intervalo, e numa das poucas oportunidades com finalização, o Nacional chegou à vantagem, por intermédio de Kenji Kenji Gorré, e acabou por recolher aos balneários no comando do marcador.
O Marítimo entrou determinado a inverter o rumo dos acontecimentos e, com as correcções operadas ao intervalo, a equipa surgiu mais confiante na quatro linhas, chegando, inclusivamente, à igualdade num lance que saiu do pé esquerdo de Jorge Correa, encontrou a cabeça de Leo Andrade e foi confirmado por Rodrigo Pinho (58′) em cima da linha de baliza.
O VAR demorou uma «eternidade» a confirmar que o avançado brasileiro estava meio metro em jogo, mas lá validou a igualdade que trouxe confiança ao Marítimo para arrancar para 30 minutos de altíssimo nível.
A cambalhota no marcador efectivou-se sete minutos depois, novamente com assinatura de Rodrigo Pinho, após um cruzamento açucarado de Joel Tagueu, e a festa juntou todos os elementos junto ao banco de suplentes, num incrível sinal de união de grupo.
Até ao apito final do árbitro Hugo Miguel, e já com Rafik Guitane em campo, o Marítimo poderia ter ampliado a vantagem no marcador, mas Rúben Macedo (84′) e Sassá (89′), ambos lançados para o golo pelo camisola 7 verde-rubro, não conseguiram colocar a bola no fundo das redes do Nacional.
O final do encontro permitiu ao Marítimo regressar às vitórias, colocando um ponto final numa série de jogos sem triunfos, ganhar vantagem no confronto directo com o adversário e terminar com um jejum de 13 anos sem vitórias na Choupana.