O Marítimo venceu em Portimão, casa que albergava o então 6.º classificado da Liga, depois de sobreviver a duas grandes penalidades e ter arte e engenho para esperar o momento certo para acrescentar os três pontos à bagagem na viagem ao Algarve.

O segundo triunfo consecutivo da equipa orientada por Vasco Seabra assentou no rigor e seriedade com que encarou o adversário, e na forma assertiva como sempre olhou para a baliza de Samuel Portugal e foi capaz de criar perigo.

Alipour, num roubo de bola ao guarda-redes algarvio, foi o primeiro a dizer que o Marítimo estava ali para discutir o jogo, e foi, de imediato, pelos colegas de equipa.

Henrique Rafael (22′), de meia distância, tentou o golo, mas falhou na pontaria, e, pouco depois, Stefano Beltrame (26′), na cobrança de um pontapé de canto, obrigou o guarda-redes do Portimonense a ir ao relvado pela primeira vez.

Diogo Mendes, de meia distância, proporcionou a melhor defesa dos primeiros 45 minutos a Samuel Portugal (36′), enquanto Cláudio Winck, por pouco, não conseguiu emendar para golo um cruzamento açucarado de Beltrame (37′).

Já no período de descontos Alipour (45’+3) caminhou isolado para a baliza do Portimonense, mas errou, por pouco, o alvo da baliza alvinegra, na melhor oportunidade de golo registada até então.

Pelo meio, o Portimonense desperdiçou uma grande penalidade, aos 30 minutos por duplo toque na bola de Carlinhos, e ainda viu um golo anulado a Aylton Boa Morte em cima do intervalo. Este lance está, curiosamente, na origem do momento da tarde: o árbitro apitou para o reinício do jogo, Paulo Victor lançou longo para Rafik Guitane, que encarou o adversário e rematou ao ângulo da baliza visitante (45’+7).

Fez-se justiça numa verdadeira obra de arte.

O Portimonense sentiu o golo e procurou, nos primeiros instantes da etapa complementar, ferir a equipa madeirense e Nakajima (50′) rematou forte para a baliza de Paulo Victor, mas Leonardo Andrade estava no sítio certo e afastou a bola.

Foi o primeiro ameaço da equipa da casa que, rapidamente, devolveu o jogo à sua dinâmica normal: o Marítimo chegou-se à frente e criou duas grandes ocasiões para marcar, por Rafik Guitane (57′), de cabeça, e Joel Tagueu (57′), num remate forte, mas ambas mereceram defesas de grau de dificuldade elevado por parte de Samuel Portugal.

O Portimonense acabaria por chegar à igualdade numa grande penalidade, a segunda da tarde, transformada em golo por Fabrício (67′), mas, à semelhança do que acontecera na primeira parte, acabou por cair nos instantes finais.

O lance do golo do triunfo verde-rubro começou nos pés de Pedro Pelágio, teve um remate de André Vidigal e acabou com uma recarga assertiva de Joel Tagueu para o fundo da baliza algarvia.

Estavam carimbados os três pontos que permitem ao Marítimo dobrar o equador do campeonato com 20 pontos, quando, no horizonte, está mais uma deslocação, desta feita ao Norte, para medir forças com o Sporting Clube de Braga.

A partida está agendada para as 18:00 horas, do próximo Sábado, no Estádio Municipal de Braga.